Lisboa


Acordar na cidade de Lisboa (com as suas casas de diversas cores) numa casa linda e tranqüila da Lisboa de agora, jardim ao lado do Jardim Botânico no silêncio do sol, andar uns metros e estar no meio das plantas do Príncipe Real pairando no aquário-bar, um copo de café com leite e bolos embalados por verdes calmos, 10h20 de Lisboa em fevereiro cálido, é certamente um crime se não compartilha. E não havia olhos para olhar. Não havia uma boca para beijar. Eu preferia isso, Beijar uma boca que continuasse calada, outro ser silencioso que me acompanhasse como um lagarto recém –lavado, estourando de fruição nos lábios, conformados os dois a nunca mais querer agir e morrer assim cansados, do êxtase de ter chegado a uma fronteira de beleza da qual só faz sentido recuar para saber como foi agudo o prazer, e recordar para viver dessa recordação muito tempo. Um crime, tanto prazer sozinho.
Periferias, Carlos Quiroga.

Para sentir a alma da cidade: Miradouro da Graça, junto a Igreja da Graça. De la, pode-se apreciar o Castelo de S. Jorge, a Mouraria, o Martim Moniz, a Baixa Pombalina, o Convento do Carmo e a Ponte 25 de abril.

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Foto: Lisboa/ Tiago Martins

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